8 de março de 2011

Faz hoje 87 anos que nossos Avós, Palmira e Francisco casaram, em Braga. Lembro que todos os anos festejavamos esta data em familia, e juntos, brindavamos "pelos presentes e pelos ausentes", com um toque nos tubos de metal que soavam cerimoniosa e respeitosamente... esses tubos que a Malen guarda em sua casa, com muito carinho e que nós, netos, chamavamos simplesmente de tantan, se a memória me não falha! Brindavamos sempre pelos ausentes, que queria dizer pelos filhos e netos em África, lá longe, de quem recebíamos noticias por carta e gravadas em bobines de fitas que chegavam de longe! Lembro bem quando, em 1974, nos juntamos todos para festejar as Bodas de Ouro dos Avós: e todos somos muitos!!!!! Quatro filhos, três noras, um genro, sete netas e um neto...e os Avós! Conseguir que viessem os dois Tios de Moçambique, ao mesmo tempo... foi a 1ª vez! Junto a nós estavam mais familiares e muitos amigos, incluindo o Sr Manuel Franqueira e a SRª D. Zulmira, o João Gonçalves e a D. Julinha ,... De todos e em todos há saudade... Quando, passados todos estes anos, continuamos a lembrar e a intimamente celebrar o casamento dos Avós, é porque realmente valeu a pena, é porque foram grandes, é porque permanecem vivos nos nossos corações e vidas - nós que os lembramos e vamos dando a conhecer aos nossos filhos que não puderam já privar com eles. Todos sabem estas histórias da Familia. E todos se orgulham dela!

(Na foto as sete netas e o neto)

MMDC

2 comentários:

  1. Não podia deixar de escrever um comentário apesar de, provavelmente, não conseguir expressar com palavras o que sinto ao ver estas imagens e ler estes testemunhos.
    Tenho realmente pena de não poder ter convivido mais com os Avós, mas apesar de tudo a verdade é que falo com eles muitas vezes, principalmente com a Avó Palmira que, acredito, me dá uma mãozinha lá de cima quando não faço ideia como se faz uma costura, um molde ou não sei cortar um tecido. Não sei se pelo que ouvi contar durante estes anos ou se por outro qualquer motivo, às vezes até lhe peço desculpa em silêncio, digo: "ai se a minha Avó visse isto...!!!" e acabo por me rir sozinha.
    Aqui fica o meu testemunho e contributo para esta página que me parece uma ideia maravilhosa!!!
    Maria "pipia"

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  2. A avó Palmira era uma pequena grande mulher!
    Ela "riscava" dentro de casa com a mesma ligeireza com que riscava um tecido para cortar!
    Vi-a muitas vezes cortar um tecido só com uma fita métrica e alguns alfinetes na mão, sem molde, sem alinhavos, apenas com as medidas da cliente.
    A avó Palmira era uma artista, o seu trabalho era perfeito. Acredito que te dê uma "mãozinha", ela tinha um orgulho imenso no que fazia, e fazia-o bem e ao ter uma bisneta que segue a sua arte, só pode é ajudar!
    HMD

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