A Família

Francisco e Palmira Dias

Como minhas primas Lena, Madalena e Lita (as Africanas!), tenho o maior orgulho em ser DIAS.
Minha filha Maria sempre foi chamada de Maria Dias, lá no colégio...!

Quando nosso Avô Francisco, jovem marçano em Braga, começou a namorar a Avó Palmira, jovem modista, num namoro cheio de histórias e mensagens escritas em lindissimos postais que seguiam no livro de encomendas da loja para o atelier e deste para a loja... aí se alicerçou a nossa história...
Com o casamento, a 8 de Março de 1924, a Familia Queiroz Dias começou a viver a grande aventura!
Não posso deixar de referir a Avó, a pequenina Avó Palmira de cara redonda e sorridente, olhos azuis profundos e marotos, que descia as escadas com uma velocidade impressionante e cujos passos ainda hoje parece que oiço em meus ouvidos... Os Avós fizeram a CASA DIAS de Braga. E deles nasceu também, por seus filhos Acácio e Francisco, a CASA DIAS de Nampula.

Lado a lado, numa vida de muito, muito trabalho e cumplicidade, os Avós construíram, acima de tudo e antes de tudo, uma familia - e o seu exemplo é por nós lembrado com uma ternura e uma saudade imensa. E um respeito infinito!

O Avô sempre quis que no atelier da Avó Palmira se trabalhassem apenas tecidos da Casa Dias. E das mãos de artista da Avó surgiram obras fantásticas que ficariam bem ao lado das dos melhores estilistas de Paris... a qualidade, sempre a qualidade no trabalho e nas gentes: do atelier da Avó saíram grandes modistas que ali aprenderam e seguiram seus caminhos. Na loja do Avô, o atendimento das clientes, Senhoras tratadas como tal, sem pressa e com simpatia, com a melhor educação e requinte...

Aí aprenderam os fundadores da Casa Dias de Nampula. Aí se formaram e partiram...
Partiram sem nunca saírem, ficando sempre, em cada dia, em cada conversa, em cada data especial, em cada história da familia..., como os Avós Dias nos ensinaram!

Assim, só poderia ter sido grande a Casa Dias de Nampula!

Manuela Dias Carvalho